segunda-feira, 20 de outubro de 2014

VIAGEM TÉCNICA SANTANA E SANTA OLÍMPIA - HISTÓRICO DE SANTA OLÍMPIA - HAYARA

http://www.santaolimpia.com.br/o-bairro-santa-olimpia/
Com a constante crise que assolava a Europa no final do século XIX, assim como a escassez de trabalho, muitas famílias decidiram deixar suas terras e se arriscarem no novo mundo na esperança de poder encontrar melhores condições sociais.

Incentivados pela família Stenico, originária do Distrito de Romagnano e que estava no Brasil desde 1877, outras famílias seguiram o mesmo caminho da emigração. Em dezembro de 1881, deixaram o Tirol as famílias Correr, Forti, Brunelli e Pompermayer, Degaspari e Christofoletti.

Em 24 de dezembro de 1881, os novos imigrantes desembarcaram com o navio alemão Frankfurt no Rio de Janeiro e no dia 31 de dezembro em Santos. Os trentinos vieram fazer a América, assim como os demais imigrantes. De Santos, seguiram diretamente para a Fazenda Sete Quedas, de propriedade do Sr. Visconde de Indaiatuba (na cidade de Campinas), onde trabalharam como colonos, sob um regime de parceria.

O visconde sentia-se muito satisfeito diante da sinceridade e honradez dos novos colonos, impressionando-se com a piedade e religiosidade dos tiroleses, que os conservava unidos e fiéis nas tarefas da lavoura.

Segundo os relatos dos mais antigos moradores, o próprio Imperador do Brasil, Dom Pedro II, foi um dia conhecer a colônia. Conta-se que muito se agradou com os tiroleses e que se demorou em familiar conversação na língua alemã, pois D. Pedro II era por parte materna descendente da Casa Imperial austríaca e sua mãe, a Imperatriz Maria Leopoldine von Habsburg, viveu alguns anos na cidade de Innsbruck, capital do Tirol em uma das residências imperiais austríacas.

Terminados os contratos da fazenda, os colonos mudaram-se para Piracicaba, trabalhando na fazenda Monte Alegre. Após quatro anos de árduo trabalho, as famílias compraram com o que economizaram a Fazenda Santa Olímpia, no município de Piracicaba. Iniciou-se, assim, em 1892, a fundação daquele que seria posteriormente o Bairro Santa Olímpia. Seus principais núcleos familiares eram formados pelas famílias Correr, Pompermayer, Stenico, Christofoletti, Brunelli, Degaspari, Forti, Veneri, Negri e Zotelli.

Inicialmente, os colonos trabalharam com o café, pois o cultivo deste ainda era promissor no final do século XIX; com a crise, na década de 1920, teve início o cultivo de algodão e posteriormente o de cana de açúcar. Em menor escala eram cultivados o arroz, milho, feijão e hortaliças, além da criação de animais. Os núcleos familiares produziam o açúcar e o vinho próprios. Havia uma única serralheria, pertencente a Luiz Negri; a luz elétrica chegou em meados da década de 1950 e com ela alguns progressos ao bairro. O cultivo da cana de açúcar ainda é mantido por algumas famílias locais. A distância entre o bairro e o centro urbano de Piracicaba contribuiu para a manutenção de certos hábitos locais, hoje mantidos muito mais pelo sentido de preservação do que prático. Detalhe do monumento aos pioneiros trentinos do Bairro Santa Olímpia.

No ano de 1992 o bairro comemorou os cem anos de imigração trentina para o município, homenageando os pioneiros e os patriarcas da emigração no bairro, Jacó Correr e Rosa Pompermayer.


Obs: Execução de Função Técnica - Check List

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